colecção privada reloaded performance literária | literary performance
private colection reloaded
private colection reloaded
circulação | circulation
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Em 2011, Inês Lampreia conheceu a poeta e ensaísta brasileira, Ana Maria Ramiro, em Lisboa. Deste encontro surgiu um projecto a quatro mãos. A partir do primeiro semestre de 2013, a poetisa Ana Maria Ramiro e Inês Lampreia começaram a trocar objectos / dispositivos seleccionados de acordo com temas / preocupações das autoras num projecto a que deram o nome de colecção privada. Cabia a cada uma escrever a partir dos objectos da outra, sem mais informações, criando uma relação dialógica. Gentilmente, ambas criaram um mapa de emoções, construindo e desconstruindo realidades possíveis através da escrita; foram-se reflectindo através de palavras, enquanto autoras e pessoas coetâneas, vivendo cenários individuais e indizíveis. O projecto tinha como objectivo compilar textos e imagens dos objectos de acordo com temas - Passado, Memória, Solidão, Linguagem - para um futuro livro.
Ana Maria Ramiro voltou para a cidade de Brasília, em 2014, e as escritoras deram continuidade ao projecto, apesar da distância. No entanto, alguns meses depois, Inês Lampreia recebeu a notícia da morte da poetisa brasileira. A colecção privada que construíam ficou suspensa por este golpe abrupto de morte que trouxe um gosto a "nunca mais ...". Inês Lampreia decidiu começar a compartilhar o processo da colecção privada criando um momento performativo explorando a importância da intimidade e união entre duas pessoas através da linguagem e da literatura. Inês Lampreia propõe um momento performativo através de objectos compartilhados entre as duas escritoras no projecto colecção Privada, povoada por textos de ambas ao longo do projecto. A performance apresenta e partilha experiências sobre a linguagem, através de memórias, palavras e gestos. performance documentada in Emmergency Index - an annual document of performance practice, Ugly Duckling Press, Brooklyn, NY, 2016 In 2011, the Portuguese writer Inês Lampreia met the Brazilian poet and essayist Ana Maria Ramiro, in Lisbon. From this meeting emerged a project by four hands. From the first half of 2013, the poetess Ana Maria Ramiro and the fiction writer and performer Inês Lampreia began exchanging objects/devices selected according to themes/concerns of the authors in a project that they named Private Collection. It was up to each of them to write from the others objects, without further information, creating a dialogical relationship. Gently both lifted a map of emotions, constructing and deconstructing possible realities through writing; they were reflected through words, while authors and coeval people, living single and unspeakable scenarios. The project aimed to compile texts and images of the objects according to topics that raised them - Past / Memory, Loneliness, Language, Becoming – in a future book. Ana Maria Ramiro returned to Brasilia city in 2014 and the writers continued the project, despite the distance. However, a few months later Inês Lampreia received the news of the Brazilian poet’s death. The Private Collection they were creating has been hung by this abrupt blow of death that brought a taste of 'never more...'. Inês Lampreia decided to start sharing with others the process of the Private Collection by a performative moment with the goal of exploring the meaningful importance of intimacy and the union between two people through language and literature. Inês Lampreia proposes a performative moment through objects shared between the two writers in the project Private Collection, populated by both authors texts written along the project. The performance presents and share experiences on language, through memories, words and gestures. performance documented in Emmergency Index - an annual document of performance practice, Ugly Duckling Press, Brooklyn, NY, 2016 |